sábado, 21 de junho de 2008

fracasso

Eu falhei. O enxofre, deste campo de fracasso, me dá náuseas. Não me imaginava aí, cambaleante, torpe de surpresa e desgosto. Parece pouco, aos olhos do bem-aventurado, mas ele não sente o ácido corte no espírito. Cada passo é infinito, e agora caio no abismo da consciência. Sim, meu cavaleiro, és consciente do teu erro e da tua falha. Conhece teu inimigo, e conhece a ti mesmo - ainda assim, falhaste. O grilhão desta sapiência faz de ti ainda mais tolo, não faz? Sabia o que viria, ouvi os sussurros do tempo, e nada fiz para escapar. Inércia. Inerte, meu cavaleiro. Onde está tua força e tua coragem? Vocifera agora tua homília, e se prosta ainda mais neste lamaçal. Chafurdas nesta charneca apenas porque deseja. Levanta-te, meu cavaleiro, e enfrenta teus dragões. Falhei uma vez, e agora aí está a cicatriz. Morte ou Glória! Morte ou Glória...
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Não falharei novamente.

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