domingo, 24 de fevereiro de 2008

Saber



Que é que vale conhecimento, se a alma não tem o sossego da plenitude? Acaso significa que, inebriado pelo néctar de tantas letras, seguiste um caminho ignorante? Aprendeste a filosofar com um Martelo, meu amigo.

Crepúsculo dos meus ídolos. Valha-me, impaciência! Como pesa essa própria soberba; e, num ato vilanesco, mascaro meu orgulho com uma falsa humildade garbosa. Peco em dobro, e, com a sinceridade de um falsário, acredito estar sendo exemplar. Que belo exemplo, afinal, um pássaro sem asas! Uma criança, trancafiada numa mente de engano.

Loucura, poesia. Mentira! Mentira! Auto-indulgência - não passo de um buraco de piedade e conformismo, um facho de intransigência. Meu hábito Franciscano está sujo...

Não. Não do erro, mas da crença. Não errei, apenas acreditei em minha inocência.