sexta-feira, 6 de abril de 2007

Ode


Num arroubo de liberdade, digo-vos, senhores: rompeis com os grilhões que cerram teus punhos. Gritais tuas poesias, para que os quatro cantos possam ouvir. Que o cárcere da vossa arte não mais pese sobre vossas mãos. Que a melodia saia de vossas bocas e retumbe por corredores infinitos, brilhando de mármore polido, em eternos palácios de beleza e esmero. Rogo-vos, senhores, usais vossas mãos com singularidade, como artíficies que trabalham sobre diamantes impossíveis. Bradais vossas diferenças. Cuidai de vossas humanidades. Admirais o vento que sopra em vossas faces, a grama que toca vossos pés, o som que embala vossos dias. Abraçai, com toda a força, o presente que vos é dado.

Nenhum comentário: