quinta-feira, 19 de abril de 2007

Música


Sob o som do alaúde, recitarei a humilde melodia que rodopia em meus lábios. Ao som da gaita, farei dançar os belos feitos passados, embalados por cores brilhantes que balançam às ordens do fogo crepitante. Palavras guiadas pelo cheiro doce de fantasia vão, inebrientes, compondo a mais bela canção. Repletas de Pôr do Sol e Estrelas Cadentes, recheadas de orvalho e Sopros da Manhã, sigam, uma a uma, as languidas notas, como serpentes encantadas pela hipnose do flautista. Com o som encantado da harpa, esquece teus problemas e tuas dores. Hoje, a noite é de dança, não de prantos. Guarda-os para a manhã seguinte. Nada de realidade por hora. Sonhos de diamante, suspiros de safira polida, olhares de esmeralda, paixões de perfeito rubi; tudo o que precisa, agora, está aqui. Fecha os olhos e estende tua mão. Toca, com toda a tua imaginação, esse presente que nos foi dado. Ouve o alaúde cantar, ouve a harpa, ouve a gaita! Viaja com eles. Alguns minutos e toda a eternidade. Ouça o alaúde. É para ti essa canção.

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