quinta-feira, 15 de março de 2007

Solilóquio


Abram alas para o bufão! Lá vem ele, espalhafatoso e colorido. Surreal e deslocado. Malabarismos com as letras, jogos de palavras saborosas. Uma mordida aqui, acolá, uma plateia satisfeita na sobremesa. Talento, ninguém sabe. Original? ninguém viu. Surreal e Deslocado. Impessoal, impensável, impresente. Qual o nome?... nome de quem? Abram alas, lá vem o bobo da corte. Espalhafatoso e incomodo. Surreal. Deslocado. Que bela figura impossível. Inatingível. Intocavel - Ninguém quer tocar -. Nada por trás da máscara. Nada. Nada. O palco fica vazio. Quem quer ver um último truque? Chega de poesia. Uma dose por dia, e depois, quero pessoas de verdade........ Eu, e meu solilóquio. Surreal e deslocado. O arauto peculiar brincando de filosofar. Agora eu quero minha pessoa de verdade... Sem par. Curinga. Eu e meu solilóquio. Dispenso beleza. Não quero forma. Carta fora do baralho. Sem regras, sem razão. Sem. Eu recito por uma hora. Admiro você com tua pessoa de verdade por outras 23. Curinga. Sem par. Poupo palavras. Poupo, poupo. O espetáculo está acabando. Eu fico com minha cortina. Meu afago artístico. Meu sem par...... abram alas, senhoras e senhores, para o Ministrel. Sem par. Espalhafatoso e incomodo. Surreal. Surreal e deslocado.

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