quarta-feira, 14 de março de 2007

Sonho




Desvaneios lúcidos, cores monocromáticas, silêncios estrondosos. Quem contou a piada nefasta? Quem elegeu o caos como o belo, fantasiado desse paradoxo espinhoso? Eu não quero mais saber dessa brincadeira. Quero acender a luz! Ai de mim, nessa escuridão tão clara, nesse clarão tão escuro! Eu não pedi para estar no meio dessa peleja de contrastes... eu não quero estar no olho da antítese; não quero comer as sobras, nem ombrear com amor e ódio. Não quero as rosas, nem quero o sangue...... cansei de admirar tua sombra sinistra. Cansei de ouvir teu canto agourenta, ave negra e metálica. Volta para o teu Estinfale, enquanto eu rezo para que possa experimentar novamente o sabor da tranquilidade. Se algum dia eu disse que tudo era um sonho, agora eu quero acordar. Não foi fácil reconhecer um pesadelo.



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