sábado, 17 de maio de 2008

Vôo

Não saberia dizer-lhes, afinal, que tortuosa estrada é essa que se prostra diante de mim. Subjugo toda Terra, com um brado feroz que faz estremecer as Fundações, e com um toque, removo até mesmo as estrelas do Firmamento. Jurei, perante meu oráculo, não deixar Pedra sobre Pedra. Sob os auspícios das nove musas, travesti-me de um tipo poético, e julguei ser capaz de mover montanhas.
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Ledo engano, deste que pensa conhecer alguma coisa. Que força é a tua, meu Senhor, que não é capaz de conter teu próprio espírito?
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Não me basta percorrer o maravilhoso construido por meu próprio Dédalo; minha chama brilha mais alto, e, feito Ícaro, devo consumir minhas próprias asas.
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Vôo alto demais.
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Alto demais...

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