segunda-feira, 25 de junho de 2007

Solitude

Vou pra casa, soluçar angústias inaudíveis. Vou embora, apreciar sozinho o cinza indiferente desse céu. Vou lá, sentar-me sem perturbações, ausente de preocupações. O chão frio me fazendo companhia, e não desejo nada mais. Sigo Aristóteles, e transcendo minha própria solidão. Desejada. Assistida. Não existe barulho, somente o belo canto da tranquilidade, e o repetente soar da minha respiração. Sem cheiro ou gosto; austeridade, pairando sobre o ar parado. Tristes raios de sol atravessam janelas velhas, numa apatia contagiante. Vez ou outra, uma folha morta vem dar-me saudações. E mesmo que mil pessoas corressem a minha volta, tumultuando meu sossego, eu continuaria sozinho. Mesmo aqueles que, do alto de suas janelas, contemplam por horas e horas, nada além frio e do concreto, mesmo eles não me fazem companhia. Aqui estou só. Na minha sala, na minha solidão, no mundo. Só meu.

Um comentário:

Anônimo disse...

Percebes tua respiração,a folha morta a visitar-lhe. Compartilha cada momento com o frio chão. Sentes a natureza. Tens as energias a fazer-te compania.
Saudações a tua valorização do silêncio.
Açoita-te em teu íntimo e procuras teu bem estar.
Mas não esqueças do universo...
Amor, paz.