sexta-feira, 18 de maio de 2007

confusão


Pra que tentar me desfazer dessa bruma traiçoeira que cega meus olhos? Nem pelo toque de Minerva, nem pelos conselhos de Delfos eu poderia ser demovido desse labirínto. A chama invisível jamais cessa de fervilhar minhas dúvidas. Sempre que fecho os olhos, encontro-me num monumento de Dédalo, perdido dos fios de lã. E se os abro, a torrente de lembranças afoga a tênue linha de sanidade que retumba dentro de minha cabeça. Caio voluntáriamente na armadilha dos joguetes sórdidos, lamentado meu infortúnio sob uma máscara de hipocrisia. Em verdade vos digo, alimento-me com voracidade desse desespero agridoce. Fujo aos olhares e mato minha sede por inconstância. [...]

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