Pra que tentar me desfazer dessa bruma traiçoeira que cega meus olhos? Nem pelo toque de Minerva, nem pelos conselhos de Delfos eu poderia ser demovido desse labirínto. A chama invisível jamais cessa de fervilhar minhas dúvidas. Sempre que fecho os olhos, encontro-me num monumento de Dédalo, perdido dos fios de lã. E se os abro, a torrente de lembranças afoga a tênue linha de sanidade que retumba dentro de minha cabeça. Caio voluntáriamente na armadilha dos joguetes sórdidos, lamentado meu infortúnio sob uma máscara de hipocrisia. Em verdade vos digo, alimento-me com voracidade desse desespero agridoce. Fujo aos olhares e mato minha sede por inconstância. [...]
sexta-feira, 18 de maio de 2007
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