domingo, 8 de abril de 2007


Fim de domingo. Dia derradeiro. Todo o desespero de uma semana pesada condensado em poucas horas de um único dia. Uma espera agoniada pelo recomeço da rotina. Eu olho pela janela. Prédios e mais prédios, além do meu próprio reflexo. Inúmeros pontos de luz. Quantos mais olham pela janela? Quantos mais pensam na imensidão? Quantos mais indagam quem estará por trás daquele pequeno mundo de luz minguante? Eu olho para o céu. Ele é escuro. Ameaçador. Não tem fim, nem tem esperança. Os prédios seguem imponentes, passando um por cima do outro, todos buscando furar a própria mão de Deus. Eu suspiro, o vidro embaça. Eu rabisco algo, que some rapidamente. Em vão, procuro me ancorar num pequeno porto, me segurar numa ponta de perspectiva, de otimismo. Não agora, não hoje. Amanhã será outro dia. Talvez eu acorde cheio de vigor. Talvez não. Mas não hoje. Hoje não.

Um comentário:

nico disse...

Domingos são horríveis, ainda mais alone in the darkness.
Sabe, ja gostei de domingos....quando se tem alguém, até Faustão é legal...
Antes que eu continue com lenga lengas, acabei de lembrar que eu te conheci e que você mora perto do hotel que eu fiquei e que você tinha falado pra gente voltar juntos de Taxi, e eu fui burra e voltei antes...gripe fodida, mas eu podia ter esperado né. uhdshd
ok, tchau, :}