domingo, 1 de abril de 2007

Esmeraldas


Pedes que eu descreva o indescritível. Que eu imortalize nosso jubilo impossível. Pedes que eu teça com maestria o que não sou capaz. Queres que eu conte uma história? Minha história. Como posso lhe expor esses meus momentos? Palavras inconvenientes que exprimem meus saltos entre o amor e o ódio. Olha no espelho! Lá sou eu, vivendo extremos, em tua função. E quem disse que amar não é sofrer? Paixão e sofrimento. Lá vou eu, carregado no turbilhão. No primeiro minuto, rio. Choro depois. Juro amor em seguida. E jamais canso de contemplar essas esmeraldas. Atraem-me, seja qual for o momento. Seja qual for o sentimento. Jóias inimagináveis. Indispensáveis. Enfeitiçam-me. Jogo-me de corpo e alma. Quero-as pra mim. Já não vivo sem elas. Se vivo em sentimentos, e eles mudam com o vento, nessa exato momento, entrego-os. Coloco-os em tuas mãos. São teus. Só teus. Não tenho forças para resistir. Nem quero. Embala-me, então, nesse canto. Ouço novamente. É teu, também, esse choro silencioso. São tuas essas lágrimas.... Se choro, é porque te quero. Se choro, é porque te perco. Se choro, é porque te tenho. Se choro... se choro, é porque te amo.

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