quinta-feira, 18 de junho de 2009

Mudança



Ouve-se o eco. Sem fim. São passos solitários, respiração pesada, lembrança e arrependimento. Não é como se algo tivesse mudado; não é como se eu tivesse encontrado algo novo. A chama sempre é fugaz, e nada é diferente, afinal. O sol, por vezes majestoso, não demora por clamar um eclipse. E, de novo e de novo, frio e silêncio.

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Talvez seja a inocência. Com plena confiança, diria que não a tenho, apenas para notar, num momento eterno, que ela transborda pela alma. Inocência. Inocência incoerente. Traiçoeira, artíficie de falsa esperança, cultivada mesmo em solo infértil.

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3 comentários:

Anônimo disse...

"Talvez seja a inocência. Com plena confiança, diria que não a tenho, apenas para notar, num momento eterno que ela transborda pela alma. Inocência. Inocência incoerente. Traiçoeira, artífice de falsa esperança, cultivada mesmo em solo infértil. "

Wilde costumava dizer em seus aforismos que o homem perverso é o que busca a inocência. Não acredito que sejas perverso. Muito pelo contrário, o que vejo nessas palavras é um alguém que meses atrás procurava a destruição. Não sei o que ele fez, mas acredito que deveria se entregar as chamas. A fênix nunca é tão bonita quando do seu renascer..

Se me permite colocar.

M. disse...

"A chama sempre é fugaz, e nada é diferente, afinal."

Ah... Isso resume tanto o que eu sinto. E tantas vezes. E tão intenso.

Talullah disse...

Te amo